RESENHA CRITÍCA DO
ARTIGO 1: CASSINO, P.C.R;
NASCIMENTO, F.N. dos. Aleirodídeos (Homoptera: Aleyrodidae) em
Plantas Cítricas no Brasil: Distribuição e Identificação. Anais da sociedade entomológica do Brasil.
Vol, 28. 1999. p. 75 – 83.
Os aleirodídeos estão amplamente
distribuídos e vivem sobre um grande número de plantas, mas diversas espécies tem
sido apontadas como pragas de culturas de importância econômica, por sugarem
suas seivas ou transmitirem vírus ou substâncias tóxicas. O trabalho apresenta
a distribuição geográfica, os hospedeiros, inimigos naturais e chave dicotômica
para identificação de seis espécies de aleirodídeos mais associados a Cítrus
spp., no Brasil.
Os aleirodídeos foram coletados
sobre folhas e levados para laboratório, sendo montados em lâminas. Foram
colocados em cápsula de porcelana com KOH a 10% e aquecidos em banhomaria até a
fervura. O material foi comprimido e tratado por solução de fenol-xilol (75% x
25%) e xilol-fenol (75% x 25%). Foi
utilizado o método de Baker & Wharton (1952) e tratado inicialmente por
solução de álcool (600GL a 900GL), e, finalmente, montados em bálsamo do
Canadá, entre lâmina e lamínula, e levado ao microscópio estereoscópico para
observação.
Das espécies estudadas, duas foram
mais amplamente distribuídas: Dialeurodes citrifolii (Morgan), ocorreu
estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito
Santo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte e do
Sul, Sergipe e Tocantins. Enquanto Aleurothrixus floccosus, encontra-se
distribuído na Bahia, Ceará, Guanabara, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo,
Pernambuco, Amazônia, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Norte e Sergipe e
Tocantins.
No decorrer dos trabalhos de campo
foi observada uma forma nova do gênero Aleurotrachelus (Aleurodinae), Aleurotrachelus
cruzi que registrou ocorrência nos estados de Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Além das plantas cítricas,
foi observada colonizando Cocos nucifera, Achras sapota e Theobroma
cacao . A. floccosus e A. porteri que apresentam vasta relação de hospedeiros incluindo
espécies frutíferas, culturas anuais, hortaliças e plantas ornamentais. Foram
registrados predadores da família Coccinellidae e do gênero Chrysopa como inimigos naturais de P. bondari.
No ano de 1997 foram obtido microhimenópteros (em identificação), parasitoides
desta espécie em citros em laboratório da UFRRJ de P. crateraformans e A.
cruzi, não foi observada. Para o
reconhecimento das espécies associadas a Citrus spp. no Brasil, foi
organizada uma chave dicotômica, baseada em caracteres morfológicos e
macroscópicos dos seus pupários.
Conhecer e identificar espécies de
aleirodídeos é de fundamental importância para o meio agronômico, uma vez que poderá
encontrar uma maneira mais eficiente de combater e controlar esses insetos,
elevando a produtividade de Cítrus, uma cultura fundamental para o Brasil e
para a economia do país. Além de incentivar a pesquisa, que procura cada vez
mais melhorar a vida das pessoas, principalmente na alimentação, pois insetos
como estes podem transmitir doenças e prejudicar a saúde do consumidor.
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