quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

RESENHA CRITÍCA DO ARTIGO: Aleirodídeos (Homoptera: Aleyrodidae) em Plantas Cítricas no Brasil: Distribuição e Identificação.

                                                                                                                                      
Por:  José Felipe Tavares de Almeida


RESENHA CRITÍCA DO ARTIGO 1: CASSINO, P.C.R; NASCIMENTO, F.N. dos. Aleirodídeos (Homoptera: Aleyrodidae) em Plantas Cítricas no Brasil: Distribuição e Identificação. Anais da sociedade entomológica do Brasil. Vol, 28. 1999. p. 75 – 83.
Trialeurodes vaporariorum 
Os aleirodídeos estão amplamente distribuídos e vivem sobre um grande número de plantas, mas diversas espécies tem sido apontadas como pragas de culturas de importância econômica, por sugarem suas seivas ou transmitirem vírus ou substâncias tóxicas. O trabalho apresenta a distribuição geográfica, os hospedeiros, inimigos naturais e chave dicotômica para identificação de seis espécies de aleirodídeos mais associados a Cítrus spp., no Brasil.
Os aleirodídeos foram coletados sobre folhas e levados para laboratório, sendo montados em lâminas. Foram colocados em cápsula de porcelana com KOH a 10% e aquecidos em banhomaria até a fervura. O material foi comprimido e tratado por solução de fenol-xilol (75% x 25%) e  xilol-fenol (75% x 25%). Foi utilizado o método de Baker & Wharton (1952) e tratado inicialmente por solução de álcool (600GL a 900GL), e, finalmente, montados em bálsamo do Canadá, entre lâmina e lamínula, e  levado ao microscópio estereoscópico para observação.  
Das espécies estudadas, duas foram mais amplamente distribuídas: Dialeurodes citrifolii (Morgan), ocorreu estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte e do Sul, Sergipe e Tocantins. Enquanto Aleurothrixus floccosus, encontra-se distribuído na Bahia, Ceará, Guanabara, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, Pernambuco, Amazônia, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Norte e Sergipe e Tocantins.
No decorrer dos trabalhos de campo foi observada uma forma nova do gênero Aleurotrachelus (Aleurodinae), Aleurotrachelus cruzi que registrou ocorrência nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Além das plantas cítricas, foi observada colonizando Cocos nucifera, Achras sapota e Theobroma cacao . A. floccosus e A. porteri que apresentam vasta relação de hospedeiros incluindo espécies frutíferas, culturas anuais, hortaliças e plantas ornamentais.    Foram registrados predadores da família Coccinellidae e do gênero Chrysopa  como inimigos naturais de P. bondari. No ano de 1997 foram obtido microhimenópteros (em identificação), parasitoides desta espécie em citros em laboratório da UFRRJ de P. crateraformans e A. cruzi, não foi observada.  Para o reconhecimento das espécies associadas a Citrus spp. no Brasil, foi organizada uma chave dicotômica, baseada em caracteres morfológicos e macroscópicos dos seus pupários.
Conhecer e identificar espécies de aleirodídeos é de fundamental importância para o meio agronômico, uma vez que poderá encontrar uma maneira mais eficiente de combater e controlar esses insetos, elevando a produtividade de Cítrus, uma cultura fundamental para o Brasil e para a economia do país. Além de incentivar a pesquisa, que procura cada vez mais melhorar a vida das pessoas, principalmente na alimentação, pois insetos como estes podem transmitir doenças e prejudicar a saúde do consumidor.  
 

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